Um grave incidente de ameaça de morte ocorreu nas instalações do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em Alagoas. Gilvan Emidio da Silva, trabalhador rural sem-terra, proferiu ameaças violentas contra um servidor federal, na presença do superintendente do Incra, Junior Rodrigues do Nascimento. O episódio foi registrado em vídeo.
Detalhes do Incidente
Na gravação, Emidio aparece exaltado enquanto toma café, repetindo frases como “Estão brincando com a verdade” e questionando “Por que não me mataram antes?”. Em seguida, ele se dirige ao servidor alvo de sua fúria, afirmando: “Tu sabe que me deve, não sabe? Se eu quiser encher tua cara de bala aqui, agora, a gente enche tua cara de bala, viu?”. Ao perceber que estava sendo filmado, Emidio grita: “É pra filmar mesmo. Eu não tenho medo não”. Ele continua a proferir ameaças, incluindo referências a facções criminosas como PCC e Comando Vermelho, e insultos verbais.
Ação das Autoridades
Imediatamente após o ocorrido, o Incra acionou a Polícia Militar, a Polícia Federal e o Ministério Público Federal (MPF). A gravação foi entregue às autoridades competentes, e medidas judiciais estão sendo coordenadas com a Advocacia Geral da União (AGU).
Reação do Deputado Federal Fabio Costa
O deputado federal Fabio Costa (PP-AL) manifestou sua indignação com o ocorrido, destacando a necessidade de rigor na apuração dos fatos. “É inadmissível que nossos servidores públicos sejam expostos a tamanha violência. Precisamos de uma resposta imediata contra esse homem”, afirmou o parlamentar. Ele reforçou a importância de proteger os trabalhadores públicos e garantir que atos de violência como este sejam punidos exemplarmente.
Posição do Incra
Em nota oficial, o Incra em Alagoas condenou veementemente as ações de Gilvan Emidio da Silva. A instituição ressaltou que o agricultor tem um histórico de perturbação da ordem pública e agressões contra servidores. “Essa pessoa já é recorrente em atos de perturbação da ordem pública e tem causado prejuízos às atividades do Incra, sempre se utilizando de agressões e ameaças”, diz a nota.
O órgão reafirmou seu compromisso em tomar todas as medidas legais necessárias para garantir a segurança de seus servidores e a continuidade de suas atividades. “A Superintendência do Incra, por meio de seu superintendente Júnior Rodrigues, repudia com veemência tal conduta afrontosa e criminosa contra um servidor da autarquia. Esse crime foi contra todos os servidores do Incra, que trabalham pelo bem comum, pela justiça social e pela reforma agrária.”
Medidas em Andamento
A Superintendência do Incra, juntamente com a AGU, está trabalhando nas medidas judiciais cabíveis contra o agressor. A instituição também emitiu uma nota de repúdio e solidariedade, assinada pelos servidores, e encaminhou-a a todas as instâncias administrativas e jurídicas competentes.
Este incidente destaca a necessidade de medidas rigorosas para proteger os servidores públicos e assegurar que atos de violência não sejam tolerados. As autoridades estão empenhadas em garantir que o responsável enfrente as consequências legais de suas ações.