A situação da seca em Mato Grosso do Sul é alarmante, com 15 municípios enfrentando condições severas ou extremas, conforme o último boletim divulgado pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden). O relatório, que abrange o mês de setembro, revela uma expansão preocupante da seca em todo o Brasil, elevando o número de cidades em situação de seca extrema de 201, em agosto, para 216 em setembro.
Mato Grosso do Sul: municípios sob seca extrema
De acordo com o Cemaden, quatro cidades de Mato Grosso do Sul se destacam pela gravidade da situação, com seca extrema registrada em:
- Aparecida do Taboado
- Paraíso das Águas
- Paranaíba
- Chapadão do Sul
Outras 11 cidades enfrentam seca severa, que também representa um impacto significativo na economia local e nas condições de vida da população:
- Pedro Gomes
- Rio Verde de Mato Grosso
- Selvíria
- Alcinópolis
- Cassilândia
- Três Lagoas
- Água Clara
- Coxim
- Costa Rica
- Figueirão
- Inocência
O mapa interativo do Cemaden destaca, em vermelho, áreas do nordeste do estado que estão em situação crítica, principalmente nas proximidades das divisas com Goiás, Triângulo Mineiro e São Paulo. Na porção sul do estado, várias cidades aparecem em tons amarelados, indicando seca moderada.
Projeção para outubro: cenário pode se agravar
As previsões para o próximo mês são ainda mais preocupantes. O estudo do Cemaden aponta que o número de municípios com seca extrema em Mato Grosso do Sul pode quase triplicar, passando de quatro para 11 cidades. As regiões mais afetadas deverão ser as do norte, nordeste e leste do estado, o que pode gerar impactos mais severos à população e à agricultura local.
Outras regiões do estado
Enquanto 15 municípios enfrentam condições severas ou extremas, outras áreas de Mato Grosso do Sul também estão sob alerta. O município de Corumbá registra seca moderada, e as cidades de Campo Grande, Dourados e Ponta Porã apresentam seca fraca, conforme os parâmetros do Cemaden. Em contraste, apenas Deodápolis e Maracaju mantêm condições normais de umidade, sem indícios de seca significativa.
Impactos e medidas
A expansão das áreas afetadas pela seca em Mato Grosso do Sul representa uma ameaça ao abastecimento de água, à produção agrícola e ao equilíbrio ambiental do estado. As autoridades locais já discutem medidas emergenciais para mitigar os efeitos dessa situação, incluindo programas de conscientização e otimização do uso de recursos hídricos.
Com a perspectiva de agravamento da seca em outubro, o monitoramento contínuo e a implementação de ações preventivas serão fundamentais para minimizar os impactos à população e à economia regional.