De acordo com os dados mais recentes do Censo 2022, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Mato Grosso do Sul é o estado com o menor percentual de habitantes vivendo em favelas e comunidades urbanas no Brasil. Apenas 0,6% da população sul-mato-grossense reside nessas condições, totalizando 16.678 pessoas. Em termos absolutos, o estado conta com 2,76 milhões de habitantes, contrastando com o índice nacional de 8,1%, que representa mais de 16,3 milhões de brasileiros vivendo em favelas.
Este número coloca Mato Grosso do Sul na 27ª posição, ocupando a última colocação no ranking de estados com menores percentuais de habitantes em favelas, entre os 26 estados e o Distrito Federal.
Características das Favelas no Estado
O levantamento também revelou que Mato Grosso do Sul possui o segundo menor número de favelas do país, com 31 assentamentos espalhados por 8 municípios. Em contraste, o estado de São Paulo concentra o maior número de favelas, com 3.123, representando cerca de 25,3% do total nacional.
Perfil Demográfico da População em Favelas
A maioria dos residentes de favelas em Mato Grosso do Sul se identifica como pardos, e a divisão por gênero é relativamente equilibrada: 50,8% das pessoas são mulheres, enquanto 49,2% são homens.
Definição de Favelas e Comunidades Urbanas
O IBGE classifica as favelas e comunidades urbanas como territórios que surgem a partir de estratégias autônomas e coletivas da população para suprir as necessidades habitacionais e de serviços essenciais, em resposta à insuficiência de políticas públicas e investimentos privados adequados. Esses assentamentos são caracterizados pela insegurança jurídica da posse, pela oferta precária ou inexistente de serviços públicos e pela infraestrutura improvisada.
Em âmbito nacional, o Censo 2022 revelou que 12.348 favelas estão distribuídas em 656 municípios, com cerca de 72,5% dessas áreas possuindo até 500 domicílios.
Critérios de Classificação das Favelas
Para o IBGE, as favelas e comunidades urbanas são identificadas com base em critérios específicos, como a presença de infraestrutura inadequada e a localização em áreas com restrições legais para ocupação, seja por questões urbanísticas ou ambientais. Essas áreas são, frequentemente, caracterizadas por construções informais e pela falta de serviços essenciais como água, esgoto e transporte público.
Com esses dados, o Censo 2022 oferece uma visão detalhada das condições habitacionais no Brasil, revelando disparidades regionais e proporcionando subsídios importantes para o planejamento de políticas públicas focadas na melhoria da qualidade de vida dessas populações.