Na tarde desta sexta-feira (24), uma tensão entre policiais militares e estudantes da Universidade de São Paulo (USP) irrompeu na Faculdade de Direito da instituição, durante a cerimônia de posse do novo procurador-geral de Justiça, Paulo Sérgio de Oliveira e Costa.
O incidente se deu em meio a manifestações estudantis contra o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Gritos de “Fora, Tarcísio” e “recua, fascista” ecoaram pelos corredores da faculdade, enquanto estudantes expressavam diversas reivindicações, incluindo o passe livre estudantil, a reversão da privatização da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) e a ampliação do uso de câmeras corporais na Polícia Militar.
Em vídeos compartilhados nas redes sociais, pode-se observar policiais militares em choque com os estudantes, empurrando-os e criando momentos de tensão. Uma cena em particular, registrada pela vereadora de São Paulo, Luna Zarattini (PT), mostra um agente empurrando a cabeça de um dos presentes.
Um dos manifestos exibia a mensagem “Estudante não é caso de polícia”. Esta semana, a PM deteve estudantes na Assembleia Legislativa de São Paulo durante protesto contra o projeto do governador Tarcísio para a criação de escolas cívico-militares.
Em resposta ao ocorrido, a Secretaria da Segurança Pública afirmou que o tumulto foi controlado e que estão analisando todas as imagens da ação. Por sua vez, a Faculdade de Direito da USP enfatizou que seu diretor, Celso Campilongo, posicionou-se entre os alunos e os policiais para evitar maiores confrontos, optando por não participar da cerimônia e permanecendo do lado de fora do Salão Nobre para tentar acalmar a situação.
As tensões entre autoridades policiais e estudantes em meio a manifestações políticas continuam a levantar debates sobre liberdade de expressão e o papel da segurança pública em contextos acadêmicos.