O Rio Grande do Sul enfrenta uma devastação crescente à medida que as chuvas persistentes continuam a causar estragos em todo o estado. De acordo com o último relatório divulgado pela Defesa Civil neste domingo (26), o número de mortos subiu para 169, com mais 56 pessoas ainda desaparecidas. Os efeitos catastróficos dessas condições climáticas extremas se estendem por 469 cidades, afetando um total de 2,3 milhões de pessoas. Entre elas, 581.638 foram desalojadas, com 55.791 encontrando refúgio em abrigos temporários. Desde o início desse desastre, equipes de resgate têm trabalhado incansavelmente para salvar vidas, resgatando até agora 83.593 pessoas, além de 12.503 animais. O esforço conjunto envolve um contingente de 27.751 pessoas dedicadas, apoiadas por 4.046 veículos, 14 aeronaves e 232 embarcações. Esses números dramáticos refletem não apenas a magnitude da tragédia que assola o estado, mas também a resiliência e a solidariedade demonstradas pela comunidade em meio a essa crise. No entanto, com tantas vidas perdidas e muitos ainda desaparecidos, a reconstrução e a recuperação serão uma jornada árdua e prolongada para muitos afetados por essa calamidade.

Na tarde desta sexta-feira (24), uma tensão entre policiais militares e estudantes da Universidade de São Paulo (USP) irrompeu na Faculdade de Direito da instituição, durante a cerimônia de posse do novo procurador-geral de Justiça, Paulo Sérgio de Oliveira e Costa. O incidente se deu em meio a manifestações estudantis contra o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Gritos de “Fora, Tarcísio” e “recua, fascista” ecoaram pelos corredores da faculdade, enquanto estudantes expressavam diversas reivindicações, incluindo o passe livre estudantil, a reversão da privatização da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) e a ampliação do uso de câmeras corporais na Polícia Militar. Em vídeos compartilhados nas redes sociais, pode-se observar policiais militares em choque com os estudantes, empurrando-os e criando momentos de tensão. Uma cena em particular, registrada pela vereadora de São Paulo, Luna Zarattini (PT), mostra um agente empurrando a cabeça de um dos presentes. Um dos manifestos exibia a mensagem “Estudante não é caso de polícia”. Esta semana, a PM deteve estudantes na Assembleia Legislativa de São Paulo durante protesto contra o projeto do governador Tarcísio para a criação de escolas cívico-militares. Em resposta ao ocorrido, a Secretaria da Segurança Pública afirmou que o tumulto foi controlado e que estão analisando todas as imagens da ação. Por sua vez, a Faculdade de Direito da USP enfatizou que seu diretor, Celso Campilongo, posicionou-se entre os alunos e os policiais para evitar maiores confrontos, optando por não participar da cerimônia e permanecendo do lado de fora do Salão Nobre para tentar acalmar a situação. As tensões entre autoridades policiais e estudantes em meio a manifestações políticas continuam a levantar debates sobre liberdade de expressão e o papel da segurança pública em contextos acadêmicos.

A partir das 10h de hoje, quinta-feira, dia 23 de maio, a Receita Federal inicia a consulta ao primeiro lote de restituição do Imposto de Renda de Pessoas Físicas (IRPF) de 2024. Este lote, que representa o maior montante já destinado a restituições, contempla um total de 5.562.065 contribuintes, abrangendo tanto aqueles considerados prioritários quanto não prioritários, além das restituições residuais de exercícios anteriores, somando um valor expressivo de R$ 9,5 bilhões. Uma novidade desta temporada é a inclusão dos contribuintes domiciliados no Rio Grande do Sul na lista de prioridade, em decorrência do estado de calamidade pública provocado pelas recentes enchentes que assolaram a região desde o início de maio. No Rio Grande do Sul, serão contempladas 886.260 declarações, incluindo exercícios anteriores, totalizando mais de R$ 1 bilhão em restituições. Além dos residentes gaúchos, têm prioridade na restituição os idosos, pessoas com deficiência, aqueles cuja principal fonte de renda é o magistério e os que optaram pelo uso da declaração pré-preenchida ou pela recebimento via Pix. O prazo para o envio da declaração do IR 2024 se encerra em 31 de maio, data em que será efetuado o pagamento do primeiro lote das restituições. A Receita Federal recomenda que os contribuintes não deixem para a última hora o envio da declaração, pois isso aumenta a possibilidade de receber a restituição nos primeiros lotes. Os valores destinados aos contribuintes prioritários serão creditados ao longo do dia 31 de maio. Do montante total de R$ 9,5 bilhões, R$ 8.857.175.779,78 serão destinados aos seguintes grupos: Para verificar a situação da restituição, o contribuinte pode acessar o site da Receita Federal e clicar em “Meu Imposto de Renda” e, em seguida, em “Consultar a Restituição”. A consulta pode ser simplificada ou completa, e caso haja alguma pendência, é possível retificar a declaração. Além do site, os contribuintes também podem obter informações sobre a liberação das restituições e sua situação cadastral por meio do aplicativo da Receita Federal, disponível nas principais lojas de aplicativos para smartphones e tablets. As datas de pagamento dos demais lotes de restituição são as seguintes: O cálculo da restituição é realizado pela Receita Federal com base na renda anual do contribuinte. A base de cálculo do imposto devido é composta pela soma dos rendimentos durante o ano de exercício, deduzindo as despesas permitidas, como saúde e educação. A alíquota varia de 7,5% a 27,5%, e a restituição é concedida se o valor pago foi maior do que o devido.

Um recente mapeamento revelou que uma parcela significativa do solo no Rio Grande do Sul está saturada, tornando-se incapaz de absorver mais água. Esse fenômeno, observado após as intensas chuvas dos últimos dias, aumenta consideravelmente o risco de inundações em várias regiões do estado. O mapeamento, realizado por especialistas, indica que muitas áreas gaúchas estão com taxas de umidade do solo próximas ao limite de saturação, em torno de 1 cm³/cm³, como mostrado no mapa onde o azul mais intenso demarca essas regiões. O professor Humberto Barbosa, coordenador do Laboratório de Pesquisa em Informática, Padrões e Sistemas (Lapis), explica que nessas áreas com saturação intensa, o solo perde sua capacidade de absorção, resultando no escoamento superficial da água das chuvas e aumentando, consequentemente, os riscos de alagamentos. “Quando o solo está excessivamente úmido, sua capacidade de absorver água é reduzida, assemelhando-se a uma esponja completamente encharcada. Isso significa que o solo atingiu seu ponto máximo de saturação, não podendo mais reter água”, detalha Barbosa. O mapeamento também revela que algumas regiões do estado ainda mantêm uma condição mais favorável, onde o solo seco tem a capacidade de absorver a água das chuvas. Barbosa enfatiza que em condições normais, essa água seria absorvida pelo solo, alimentando o lençol freático e evitando problemas de inundações. Entretanto, as recentes chuvas no Rio Grande do Sul têm impactado severamente diversos municípios. De acordo com o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), nas últimas 24 horas, foram registrados volumes significativos de precipitações em várias áreas do estado. Viamão, por exemplo, registrou 123,6 mm, enquanto Porto Alegre teve 114,1 mm e Gravataí, 100,4 mm. As consequências das chuvas já são evidentes, com vias inundadas em Porto Alegre na quinta-feira (23/5), o que resultou na suspensão das atividades escolares tanto nas instituições públicas quanto nas privadas nesta sexta-feira (24). O Cemaden destaca que um total de 28 municípios foi afetado pelas fortes chuvas, evidenciando a urgência de medidas para lidar com os riscos associados às condições do solo e às precipitações.

Em um encontro marcante no Clube da Saúde, centenas de servidores da Secretaria de Saúde se reuniram em uma assembleia-geral convocada pelo Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde (SindSaúde-DF). O propósito desse encontro foi iniciar uma mobilização em prol da recomposição salarial da categoria. Segundo dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a perda salarial acumulada atinge a alarmante marca de 35,75%, tornando-se o centro das discussões. Os presentes enfatizaram a urgência de uma campanha para assegurar uma remuneração justa. Além disso, a legitimidade da Gestão e Assistência Pública à Saúde do Distrito Federal (GAPS) foi amplamente debatida. O SindSaúde comprometeu-se a levar essa questão ao Supremo Tribunal Federal (STF) por meio da Confederação Nacional dos Trabalhadores da Saúde (CNTS). Outros Tópicos em Pauta Dentre os assuntos em destaque, a criação de legislação para resolver a situação da Gratificação de Titulação (GTIT) e a inclusão de profissionais técnicos da saúde nas alterações propostas pela Lei 6.903/2021 foram amplamente discutidas. Joana Matos, servidora presente na assembleia, ressaltou a relevância da luta: “Não posso me omitir. Esta perda salarial impacta profundamente nossas finanças pessoais, e precisamos desse reajuste”. A presidente do SindSaúde, Marli Rodrigues, destacou a gravidade da situação, evidenciando como a perda salarial afeta diretamente a qualidade de vida e a saúde dos trabalhadores. “Essa defasagem identificada pelo Dieese não é meramente um número, é a realidade dura que enfrentamos diariamente. É hora de nossa categoria se unir e demonstrar aos governantes que merecemos atenção e que a recomposição salarial é uma prioridade”, enfatizou. O SindSaúde convoca todos os membros da categoria a participarem das assembleias regionais, ressaltando que o engajamento dos servidores é fundamental neste momento. A batalha pela recomposição salarial necessita ser travada de forma coletiva, com a participação ativa de todos. Os servidores são convidados a acompanhar as redes sociais do sindicato para se manterem informados sobre as próximas ações.