O Pantanal de Mato Grosso do Sul enfrenta atualmente oito focos ativos de incêndios florestais, apesar das condições climáticas recentes, que incluíram uma semana de frio e chuvas na região. O Corpo de Bombeiros segue com esforços intensivos de rescaldo e monitoramento nas áreas afetadas, que incluem Miranda (especialmente próximo à região de Salobra e BR-262), Serra do Amolar, Paiaguás, Passo do Lontra (na Estrada Parque), Forte Coimbra, Posto da Manga, e dois pontos na divisa com o estado do Mato Grosso.
A tenente-coronel Tatiane Inoue, diretora de Proteção Ambiental do Corpo de Bombeiros, destacou a persistência dos focos de incêndio. “Os focos reativaram, por isso o combate aos incêndios continua. Em Miranda, ontem, nossas equipes realizaram o rescaldo. Estava garoando, mas ainda encontramos troncos em brasa”, relatou.
Os bombeiros têm concentrado suas operações na margem direita da rodovia BR-262, no trajeto de Miranda para Corumbá. Foram identificados dois pontos possíveis de retorno do incêndio, com um deles localizado a apenas 100 metros da ponte, na margem direita do rio. Uma árvore próxima à região não queimada precisou ser cortada em pedaços menores e os troncos foram lançados no rio devido à alta quantidade de material inflamável próximo ao ponto de calor. Em áreas adjacentes ao local onde o fogo havia atravessado o rio, foram encontrados vários pontos com potencial de reinício do incêndio.
No dia 11, após quatro dias de chuvas que passaram pela região do Pantanal, a temperatura média subiu para 22°C, com rajadas de vento atingindo até 25 km/h e a umidade relativa do ar variando entre 30% e 70%. Essas condições ajudaram a controlar os focos de calor e a combater os incêndios, reduzindo o impacto das chamas na região.
Apesar das chuvas desde quinta-feira (8), que contribuíram para a diminuição dos focos de incêndio, não houve a extinção completa dos incêndios. As operações de combate e rescaldo continuam, com foco em neutralizar as brasas remanescentes para evitar novos incêndios.
Com a redução das temperaturas e o aumento da umidade, as equipes intensificaram as ações conforme um novo planejamento estratégico. O objetivo é proteger a fauna e a flora do Pantanal, bem como salvaguardar as vidas e o patrimônio das comunidades locais.