A decisão ocorre no âmbito do inquérito que investiga a existência de uma Agência Brasileira de Inteligência (Abin) paralela durante o governo Bolsonaro.
Impacto na Campanha Eleitoral
A notificação, oficializada pelo gabinete de Moraes nesta terça-feira (16/7), tem um impacto significativo na disputa pela Prefeitura do Rio de Janeiro. Ramagem, que aparece em segundo lugar nas pesquisas de intenção de voto, atrás do prefeito Eduardo Paes (PSD), tinha um ato de campanha agendado com Bolsonaro na próxima quinta-feira (18/7) na capital fluminense. A decisão de Moraes praticamente inviabiliza a candidatura de Ramagem, uma vez que Bolsonaro é seu principal cabo eleitoral.
Contexto da Investigação
Ramagem é um dos principais suspeitos de ter estruturado uma Abin paralela durante o governo Bolsonaro, quando chefiou a Agência Brasileira de Inteligência. A Polícia Federal (PF) avança nas investigações, mas Ramagem nega qualquer irregularidade.
Declarações de Bolsonaro
Em uma declaração feita no sábado, Bolsonaro reafirmou seu apoio a Ramagem, mesmo após o avanço das investigações. A decisão de Moraes, porém, impede qualquer contato entre Ramagem e Bolsonaro, complicando ainda mais a campanha do candidato.
Consequências Políticas
A decisão de Moraes não apenas afeta a candidatura de Ramagem, mas também tem implicações mais amplas para o cenário político. O impedimento de contato entre Ramagem e Bolsonaro, ambos figuras centrais no partido e na política nacional, poderá influenciar a dinâmica interna do PL e as estratégias eleitorais do partido.
Conclusão
A proibição de contato entre Ramagem e figuras chave como Bolsonaro e Valdemar Costa Neto, determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, lança uma sombra sobre a campanha de Ramagem e levanta questões sobre a legalidade das operações da Abin durante o governo Bolsonaro. A medida reflete a gravidade das investigações em curso e suas potenciais repercussões no cenário político brasileiro.