A Secretaria Estadual de Saúde (SES) do Rio Grande do Sul confirmou mais duas mortes por leptospirose em decorrência das enchentes que assolam o estado. Com essas confirmações, o total de óbitos relacionados à doença agora chega a sete.
As vítimas foram dois homens, de 56 e 59 anos, residentes em Porto Alegre e Canoas, respectivamente. O falecimento do morador de Canoas ocorreu em 21 de maio, enquanto o morador da capital gaúcha veio a óbito em 23 de maio.
A primeira morte pela leptospirose neste surto foi registrada em 20 de maio, envolvendo um homem de 67 anos, morador do município de Travesseiro, no Vale do Taquari. Os demais óbitos foram reportados nos municípios de Cachoeirinha, Porto Alegre e Venâncio Aires.
De acordo com o boletim da SES-RS, ainda estão sendo analisados outros 10 óbitos. Até o momento, foram confirmados 141 casos da doença, com 1.920 casos em fase de investigação. O estado registrou um total de 2.327 suspeitas de leptospirose.
Além desses números alarmantes, também foi reportado um caso de tétano acidental, 182 acidentes antirrábicos e 28 acidentes com animais peçonhentos.
Na quarta-feira, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, expressou sua preocupação com o aumento dos casos de leptospirose entre a população gaúcha, destacando que há estimativas de um possível crescimento quádruplo em relação aos números de 2023, quando o estado registrou 400 casos.
“A leptospirose é uma doença infecciosa febril aguda, transmitida pela exposição direta ou indireta à urina de animais, especialmente ratos, infectados pela bactéria leptospira”, explicou a ministra.
Os sintomas da leptospirose podem variar de febre, dor de cabeça e muscular, falta de apetite, náuseas e vômitos na fase inicial, até síndrome de Weil, síndrome de hemorragia pulmonar, comprometimento pulmonar e manifestações hemorrágicas em estágios mais avançados.
Para prevenir a doença, a Secretaria de Saúde do RS recomenda medidas como a desinfecção de ambientes inundados, o armazenamento adequado de alimentos, a limpeza constante da cozinha e a manutenção de áreas externas livres de entulhos e acúmulos que possam atrair roedores.
A ministra Nísia enfatizou a importância do tratamento precoce da leptospirose e alertou contra a automedicação, destacando que o tratamento deve ser iniciado assim que houver suspeita da doença.
Esteja atento aos sintomas e às medidas preventivas para proteger você e sua família durante este período desafiador.